sábado, 12 de agosto de 2017

Será que estamos (estou) a "abebezar" o Vicente?




Quando chegam os irmãos mais novos, é natural que os mais velhos regridam em alguns comportamentos. No caso do Vicente, por ser tão pequenino, ainda, o que aconteceu foi que ficou muito mais agarrado à mãe e à "tutu" (chucha). Não a larga por nada! Ao contrário da Clarinha, que não há forma de pegar na chucha. Por um lado, ainda bem. Não vamos ter o trabalho de a tirar. Por outro, seria muito bom para a acalmar algumas vezes, ao invés de ter de ser sempre na mama... 
Mas, antes assim!

Nunca tive problema algum que ele usasse a chucha e até me "enervava" um bocadinho quando outras pessoas (principalmente as avós) insistiam para ele tirar a chucha... Pensava sempre: "Ele ainda é tão pequenino! Qual é o problema?". Até que um dia a minha mãe chamou-me a atenção para que se sempre que ele chorar, estiver frustrado ou dengoso eu lhe der a "tutu", ele irá apegar-se ainda mais a ela e associará sempre a chupeta ao consolo e só isso o irá consolar... Foi quando comecei a pensar sobre o assunto e percebi que tinha toda a razão!
Outra questão é o leitinho antes de dormir. Ainda bebe, temos de ser nós a dar e ainda é de biberão... Há dias, caiu-me a ficha! Ele vai fazer dois anos... Estamos a protelar essa mudança há muito tempo. Talvez, há demasiado tempo...
Realmente os primeiros filhos são mais "cobaias", com quem nós próprios vamos aprendendo. Também percebo que a minha relação com o Vicente foi/é diferente do que com a Clara. Ele foi o primeiro, depois de duas perdas gestacionais, muito desejado e planeado... Uma gravidez cuidada ao máximo e cheia de medos. Dormiu comigo (literalmente em cima de mim) durante os primeiros três meses de vida. Sempre fomos muito agarrados um ao outro. É natural que o sinta sempre como "o menino da mamã". Só com o passar do tempo é que me vou apercebendo dos "erros" que vou cometendo. Bem sei que ele ainda é um bebé e que tenho sempre muito cuidado para que não tenha de crescer demasiado depressa. Talvez também pela culpa que tenha sentido em tirar-lhe o colo, os mimos e todas as atenções em exclusividade demasiado cedo (talvez). Mas, por outro lado, posso estar a arrastar demasiado tempo determinadas situações e não permitir que ele passe de bebé a menino. 
Posso estar falhando por medo de falhar!
Não é fácil esta gestão!
Sabia que não seria...
O importante é procuramos dar o nosso melhor, termos a capacidade e humildade de ouvir os outros (o que nem sempre é fácil...) e nos distanciarmos das situações e tentarmos vê-las de fora. Essa parte é a mais difícil e só o conseguimos depois de cometermos alguns "erros". 
Mas errando aprendemos e não somos perfeitas. 
Ou, aliás, somos! 
Acho que somos perfeitas nas nossas imperfeições!
;o)




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