sexta-feira, 21 de julho de 2017

Como ser mãe de filho único quando temos dois filhos?




Quando temos mais que um filho, em grande parte, a ideia é que tenham companhia, que não se sintam sós e sejam companheiros. Mas é natural que haja competitividade, que haja ciúme, que haja carência. Principalmente com aquele que já foi filho único e, de repente, deixou de o ser... Eu sou a mais velha de quatro filhos, a única menina, com uma diferença de idade entre mim e o meu irmão seguinte semelhante à diferença entre o Vicente e a Clara. Não me lembro de sentir isso em pequenina e sempre fui muito "mãezona". 


Mas, claramente, cá em casa está a ser necessária uma gestão maior do tempo que passo com o Vicente, sozinha com ele. Com a Clarinha é mais fácil termos os nossos momentos. Ela ainda é pequenina e, só agora, vai começando a aprender a chamar a atenção para ela (com gracinhas, chorinhos e gritinhos). E também temos (quase) sempre o nosso tempo de qualidade quando ela mama e estamos ali naquele namoro só nosso. Ou quando a adormeço ou a meio da noite quando ela (ainda) acorda.
Com o Vicente fica mais difícil. Porque parece que exigimos dele um comportamento inadequado para a idade dele (é o irmão mais velho, mas não podemos esquecer que ainda é bebé), porque tenho de amamentar irmã uma série de vezes ao longo do dia, porque ela só anda ao colo, por isso ou por aquilo... E ou ele fica brincar sozinho, ou a ver bonecos, ou com a avó, ou com o pai ou com a outra avó, ou com o avô... Enfim... O tempo dele estar sozinho com a mãe tem sido cada vez menor e isso está a fazer "estragos" na personalidade dele.







Não , ele não é uma criança birrenta e mimada. Apenas é um bebé que estava habituado a ter o tempo da mãe todo para ele e, como que por magia, alguém veio ocupar boa parte desse espaço e isso lhe transmite inseguranças, receios e sentimentos com os quais ele não sabe como lidar. Conforme falado aqui, a solução passa por estar o máximo tempo de qualidade com ele. Brincar com ele sem reservas, sem pensar que tenho de fazer isto ou aquilo ou sem ter a mana o ocupar todas as atenções. 

Por isso, a meta é, estar com ele um bocadinho que seja por dia, num momento só nosso. Nem que seja sentar no corredor a brincar de carrinho ou jogar à bola por 10 minutos, mas sem interrupção, num momento de entrega total e sem distrações.

Há que fazer um esforço para que eles entendam, 
na prática, que cada um é especial à sua maneira e que os amamos 
gostamos de passar tempo com eles a 
fazer aquilo de que mais gostam.
;o)









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