sábado, 15 de julho de 2017

Os últimos dias não têm sido fáceis...


Os últimos dias não têm sido fáceis... Não tenho conseguido dar a atenção merecida e necessária ao Vicente. Ele está numa fase complicada, a testar os limites ao máximo. Nunca foi complicado para comer, agora tem dias que faz birra e não quer de todo. Como já falei aquiaqui, só quer mãe e colo da mãe. Passa boa parte do dia a dizer: "cóuo mamã...". Chora porque quer a mãe, faz birra quando está comigo, às vezes tira os brinquedos da irmã e diz "é mio, mio...". Se estou a amamentar, vem com os livros a dizer "istóias, istóias...". Por vezes tenta colocar os livros entre mim e a irmã.

Não a rejeita. Abraça-a e adora-a, mas está carente de atenção e do tempo e atenção cada vez maior que a irmã tem (até porque já não é, de todo, aquela bebé que só come e dorme).
Sei que tenho de lhe dar mais atenção, mas com os dois, a amamentação, a casa, as refeições, etc, etc, não tem sido fácil. Muitas vezes me apanho com os dois ao colo ao mesmo tempo e vos digo que as minhas costas já estão mesmo "a dar as últimas...".
E depois a culpa é sempre da mãe. Ou porque eu isso, ou porque eu aquilo... Bolas, mas será que todas as mães também não já foram mães e não sabem perfeitamente que essa é uma reação normal da idade dele e que é expectável ele se sentir assim com a chegada da irmã? Não percebem que não estou a fazer nada de errado, aliás, estou certa de que estou a dar o meu melhor, e que esse melhor é mesmo o melhor?!?!?
Há dias, alturas, momentos, em que me apetece ser mais uma criança e fazer uma birra a dizer que estou cansada... Mas depois lá respiro fundo, dou muitas beijocas a cada um deles e me sinto a mãe mais afortunada do mundo e tudo passa!
Fui dar a vacina à Clarinha e encontrei a nossa médica. Aliás, ela me encontrou.  Aproveitei para falar sobre esse assunto e cabei a chorar... Acontece muitas vezes. A nossa médica tem esse poder sobre mim... (hahaha!). 
Foi firme a reiterar que estou no caminho certo. Que é difícil. Mas que há de passar. Sim, a entrada na escola será, provavelmente difícil, mas será uma adaptação. Que só há duas coisas a fazer: quando possível, passar tempo sozinha com ele e ser firme nos limites. Saí de lá, dei mama à Clara, deixei-a com a minha mãe e fui a correr dar uma volta com ele. Fomos ao shopping (hora de calor e de almoço, não havia mais opção). Brincamos, corremos, subimos e descemos escadas, subimos e descemos escadas rolantes, subimos e descemos tapetes rolantes, subimos e descemos escadas rolantes (já perceberam que ele adora, né? ;o)), fomos ao parque de diversões e fomos almoçar.
Na praça da alimentação, já cansada de o levar ao colo, encontro uma cadeirinha para ele a caminho do restaurante que costumo ir com ele. Primeiro tentei lava-la numa mão e ele noutra. Às tantas, já estava difícil. Coloco-o na cadeirinha e vou a arrastar. Não foi boa ideia... OK, levo a cadeirinha ao colo com ele lá dentro, pensei. Não estava fácil, mas o pior foi quando o tabuleiro da cadeirinha se desprende da dita e ele quase cai ao chão...
Me desdobro para o agarrar e já lá estava 3 pessoas para nos ajudar. Uma dessas pessoas era um sr (da minha idade, pouco mais), que estava com a mulher. Às tantas, guardaram a cadeirinha na mesa deles, ela foi buscar o nosso tabuleiro e ainda nos sentou na mesa deles... Conversamos. Ela é educadora de infância, também trabalha com o movimento escola moderna (ver aqui), têm uma menina de 13 anos e um pestinha (segundo eles, claro) de quase 3. 
No meio daquela confusão, numa altura em que já me apetecia chorar de cansaço e frustração, foram dois anjos que ali apareceram! Não lhes falei do blog e não tenho assim tantos leitores, por isso acho difícil, mas se me lerem: OBRIGADA E UM GRANDE BEIJINHO!!!
Quando chego ao parque ainda estive imenso tempo com ele ao colo à procura do carro, mas às tantas respirei fundo e vínhamos a brincar, a conversar e a aproveitar aquele tempo que era só nosso. Quando o coloquei na cadeirinha, estava super tranquilo, fechou os olhos e adormeceu (sem chupeta) e fez uma sesta gigante e acordou super bem disposto e feliz!
Realmente no meio de situações caóticas, há sempre qualquer coisa boa para nos agarrarmos.
;o)



Desculpem lá esse desabafo...




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