quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Educar para a diferença



Talvez esse seja um tema polémico.
Sei que nem todos pensamos da mesma maneira e ainda bem que assim é.
O importante é sabermos mostrar o nosso ponto de vista com respeito pelo do outro.
A minha perspectiva sobre esse assunto é relativa, tal como acho que em quase todos os assuntos não há verdades absolutas. Porque somos todos diferentes e, acima de tudo, há que respeitar essa diferença. Mas, ao contrário do que acho que vem acontecendo ultimamente, o respeito pela diferença não passa (de todo) por tornar a diferença regra. Acho que assim não há respeito pelo diferente. Há uma vontade de transformar as diferenças em regra, justamente porque não se quer/pode/consegue assumir que há a diferença!
Posto isso, acho que há, efetivamente, na maioria dos casos,
uma predisposição maior das meninas para brincarem de algumas coisas e para os meninos para brincarem de outras. Se acho que devamos incentivar ou desincentivar algumas brincadeiras porque são "de menino" ou "de menina"? Não! Se acho que devemos dizer que isso é "de menino" e aquilo "de menina"? Não! Se acho que haverá meninos a brincarem com ditos"brinquedos de menina" e meninas com brinquedos ditos "de menino"? Claro! Se vejo algum mal nisso? Claro que não! Se acho que alguém deva ver algum mal nisso? Claro que não! Mas se acho que, naturalmente e por iniciativa própria, a maioria dos meninos brincará de bola e a maioria das meninas, naturalmente e por iniciativa própria, brincará às casinhas? Sim, acho! Se haverá casos em que será o oposto? Sim, naturalmente! Se isso deverá ser encarado com naturalidade e sem qualquer espécie de problema e preconceito? Claramente! Mas se acho que devemos tornar a excessão regra apenas porque há quem não aceite a diferença? Em absoluto que não!
A diferença deve ser encarada com naturalidade e não como um bicho de sete cabeças.
Se as coisas forem faladas sem preconceito, sem medos e sem rodeios, se tornam naturais. Quando se fala em não comemorar dias do pai/mãe nas escolas porque há quem tenha dois pais ou duas mães, não me parece o caminho correto. Não acho, de todo, que esteja a ser cruel. Acho que ninguém deve ser posto numa redoma de vidro porque, a longo prazo, certamente que o resultado não será o melhor. Mas, de forma alguma, poderá ser ostracizado, marginalizado ou preterido, seja de que forma for, seja porque razão for! Se excluirmos aquilo que mostra o que é, de facto, diferente, na minha opinião não estamos a respeitar a diferença. Ela existe! E não deve ser encarada como negativa! Nem pela maioria, nem por quem é diferente!
Se vou com o meu filho ao parque, onde ele possa brincar com crianças de todas as cores,
raças, etnias e credos, se encaro isso com naturalidade, se nunca fiz/faço qualquer comentário a esse respeito, porque é que ele vaia achar que há alguma negatividade nisso? Agora se saio do parque e faço qualquer comentário para ele ou na sua frente, do género: "hoje brincaste com um menino pretinho", como já ouvi, com toda a certeza que há uma carga depreciativa na minha
frase e que ele a entenderá! Se o meu filho/filha um dia chegar da escola depois de
uma festa do dia do pai e lá houve algum menino(a) que tenha tido a presença de um pai no lugar da mãe, com certeza que irá perguntar o porque. Afinal, é diferente da norma (e norma apenas quer dizer padrão). Não verei mal nenhum na pergunta como, com naturalidade, lhe responderia que há
crianças que têm dois pais ou duas mães (se for esse o caso).  Mas acredito que aqui o
importante é a forma como dizemos. Se o disser com naturalidade e ficar por ali o
assunto, com naturalidade ele o irá encarar. Mas se ficar com rodeios,
perceberá que há algum desconforto da minha parte.

O mais importante é aquilo que fazemos e
 como dizemos porque,
como todos sabemos, as crianças aprendem
 por imitação aos pais.

AFINAL DE CONTAS,
NÓS SOMOS OS SEUS MAIORES EXEMPLOS!
;o)






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