terça-feira, 12 de setembro de 2017

Mãe é mãe, mas pai é pai...




Ontem deixei-vos em este post, em que contava como foi o primeiro dia oficial
de aulas e a primeira vez em que tinha deixado o Vicente na escola, por uma hora,
mas em que dei o tal "salto no abismo" de o deixar lá sem mim.

(Já vos havia contado aqui e aqui como estavam a ser os primeiros dias na fase de adaptação)


Mas, então, ontem falava-vos de como era difícil esse exercício de acreditar que
ele iria ficar bem sem mim. De que o J me estava a incentivar e a dizer que não era preciso
me sentir assim. E disse-vos que, apesar de ele ser o melhor pai do mundo, não é mãe e não é a mãe a tempo inteiro que tenho sido e, por mais que lhe custe, não pode entender o
aperto no peito que sinto...
Só que hoje, quando estava com o Vicente na escola, ainda a brincar para tentar me despedir e ir embora (o que não deu certo. Hoje não cheguei a sair. Estivemos juntos lá por hora e meia porque ele não me deixou sair...) chegou o pai de uma das meninas e estava, tal como eu, naquele impasse da despedida. Foi aí que me disse que tinha sido, ele, pai a tempo inteiro. Que, tendo em conta o trabalho de ambos, tinha sido assim que decidiram.
Achei interessante a escolha, apesar de sabermos que o número de pais que ficam com os
filhos é cada vez maior. Continuo a achar que a ligação que se estabelece entre mãe e filho é especial. Vem da gravidez e não pode haver simbolismo maior do que gerar um ser dentro de nós, trazem-lo à vida ou alimenta-lo com o nosso corpo. Mas a ligação especial que se estabelece
no dia a dia é muito forte. O deita-lo, o levantá-lo e ver aquele primeiro sorriso ao acordar... O acalmar cada choro, trocar cada fralda, carregar no colo, dar banhos, alimenta-los... O ver cada primeira vez, incentivar cada tentativa, corrigir os erros e ajudar a tentar novamente... 
Essa relação que se estabelece nos primeiros meses é única.
É uma ligação que lhes dá confiança, segurança e amor.
Não importa se é a mãe, se é o pai.
O amor, a insegurança, o receio de dar o tal "salto no abismo", a ansiedade da separação,
a angustia de não saber como a filha iria reagir, a saudade antecipada...
Vi nos olhos daquele pai tudo aquilo que sinto no meu coração. 
Por isso, retiro o que o que disse ontem:
mãe é mãe, mas pai é pai.
;o)








créditos:
Jardineira do Vicente - Pipinhas & Cia
Fotografia - Raquel Pina Photografy



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