quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A imprevisibilidade da vida


Aqui, grávida do Vicente. Com uma meeeega barriga.
E ainda com o nosso Kikinho... ;o(


Há um ano estava grávida de 18 semanas da Clarinha. 
Uma gravidez logo a seguir a outra. Foram dois filhos no espaço de 15 meses. 
Foi um susto, claro! Mas a Clara veio completar a família, abençoar-nos mais uma vez com um bebé saudável, uma gravidez feliz.
Sempre quisemos uma família grande.
3 era o nosso número ideal. Os planos foram mudando com o desenrolar da vida e, depois da primeira gravidez, conseguir ter um filho já era para nós uma alegria imensa. Vieram dois e, pelo menos para já (durante uns bons anos) estamos bem assim. Por um milhão de razões. A impossibilidade da gestão do cansaço e da disponibilidade física de tratar de mais um bebé, já com dois bebés, a questão financeira, a questão médica que dita não ter mais cesarianas nos próximos anos (infelizmente, um próxima gravidez seria, já per si, uma cesariana seletiva), o cansaço psicológico de não me ver de outra forma nos últimos 4 anos se não como mãe ou futura mãe e a vontade de voltar a me sentir dona de mim mesma, entre outras razões.
Mas ter mais um (ou mais, quem sabe não ganhamos no euromilhões... hahaha!) não está completamente fora dos nossos planos. Porque adoramos ser pais, porque os nossos filhos são maravilhosos e, por maior que seja o cansaço, nunca é suficientemente assustador para nos fazer retirar de todo essa opção dos nossos planos, e porque gostaria de ter uma gravidez mais tranquila, mais feliz, mais aproveitada e saboreada. Então, mesmo com a incerteza da roleta russa que é qualquer gravidez minha e aquela expectativa e receio até perto das 16 semanas,  quem sabe, perto dos quarenta não voltemos a pensar nisso...
Mas o que sei mesmo é que, mesmo sendo muito mais provável não voltar a engravidar, preciso desta opção em aberto. É tão bom ser mãe, carregar um bebé no ventre. É uma benção tão grande! Mais ainda para quem temeu tanto nunca o conseguir... O excluir essa possibilidade me faz infeliz, me tira aquele cintilar de uma dúvida quanto à possibilidade de sentir essa felicidade e essa benção novamente.
Essa dúvida e essa incerteza me fazem feliz. E é engraçado que me sinta feliz por algo que não controlo e foge ao meu alcance, quando toda a minha vida a incerteza  e a insegurança de não saber o passo seguinte me assustavam e me deixavam em desequilíbrio. Sempre fui uma pessoa que tinha de controlar tudo. Organizada, ponderada, sempre com a ideia de qual seria o próximo passo, e o seguinte, e o outro... Por vezes, até a imprevisibilidade tinha de ser controlada para que eu me sentisse tranquila, para me dar estabilidade. E, agora, depois de tantas dúvidas, incertezas e de ser obrigada a viver com elas, faz-me feliz ser capaz de aceitar que não posso ou consigo controlar tudo. 
A vida acontece, simplesmente.  
E a vida segue o seu rumo e nós vamos acontecendo nela. Somos parte dela. 
Apesar de livres nas nossas escolhas, não nos é possível controlar tudo e é engraçado com saber e aceitar isso me faz feliz.
;o)






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