terça-feira, 5 de setembro de 2017

Adaptação à Escola - o primeiro dia





Como vos contei aqui, havíamos combinado com a educadora que a adaptação do Vicente seria gradual. A ideia é que se faça da forma mais tranquila e natural possível, sem pressões e grandes ansiedades, tanto para ele como para nós (mim). Apesar de o J ter esta semana de férias, e termos optado por não fazer nada e dedicarmos esta semana à adaptação à Escola, também entendemos que o melhor seria ir eu sozinha com ele. O pai é mais tranquilo e bem menos ansioso que eu. O meu sofrimento é maior porque estou com ele em casa e, naturalmente, a minha ligação com ele é maior. Mas, apesar disso, sou eu que o vou levar à escola sempre e entendemos que seria melhor ser eu a levá-lo esta semana. Também entendemos que o melhor seria ir só eu, para simplificar o processo. É uma adaptação para ambos.
No domingo, antes de deitar, ainda ponderei se iniciávamos já segunda feira. Sentia-me insegura e não estava pronta. Falei com o J, que me lembrou que seria igual irmos segunda ou terça e, quanto mais tarde, maior seria a ansiedade. E que a adaptação seria gradual e se ele não se adaptasse não iria lá ficar. Que não o tinha de deixar a chorar. E lá me tranquilizei e me senti mais segura!
A nossa última semana de férias já foi passada a pensar muito na entrada para a escola e a noite de véspera foi... péssima!!! Eu sabia que estava ansiosa, claro! mas não imaginava que fosse tanto... Quando a Clarinha acordou para mamar, por volta das 2h da manhã, eu já estava acordada. Tentava voltar a adormecer e continuei a não consegui depois de a deitar... Só voltei para a cama já depois das 6h da manhã...
Ontem, o J acordou o Vicente enquanto eu preparava o pequeno almoço. Ele não está habituado a que o acordemos, normalmente acorda a seu tempo e o fizemos com calma e muito mimo. Acordou super  bem disposto e cheio de energia. Parece mesmo que entendeu que ia para a escola, tal como já andávamos a falar há dias. Saímos os dois de casa a caminho da escola e ele ia muito tranquilo e bem disposto. Quando estacionamos à porta, ele começou a rir e vi mesmo que sabia onde estava.
Entramos e, ao chegar à sala da entrada, onde se concentravam os pais, as crianças, as educadoras, as auxiliares e toda aquela confusão, ele parou e começou a recuar para se encostar às minhas pernas. Peguei-o ao colo e entramos. Sentado-nos num canto e ficamos ali uns momentos a absorver e observar tudo. Quando o senti mais confortável, apontei para um brinquedo e disse-lhe que fosse buscar para brincarmos. Levantou-se e ia a caminho. Quando percebeu que eu não ia com ele parou e esticou a mão. Fomos juntos buscar o jogo e ficamos a brincar.
A educadora veio nos chamar e fomos para a sala. As outras crianças foram chegando, gradualmente com os seu pais. A maioria deles (ainda poucos nesse primeiro dia) ficou com os filhos, que entravam também pela primeira vez. Uma das meninas, que tinha a irmã na sala (as duas já andam na escola e a mana mais velha foi ajudar a mais nova na adaptação) chorou quando a mãe foi embora. Com a chupeta, a fralda e o colo da mana, depressa acalmou, mas aquele choro e o chamar pela mãe... dilaceram-nos o coração! Parece mesmo que nos dói e não são os nossos filhos. Custa muito imaginar como reagiriam os nossos, mais ainda quando são os primeiros e tememos por eles e por nós...
Éramos para ficar apenas por meia horinha, mas ele estava tão bem, tranquilo e a brincar, que fomos ficando... Pouco mais de uma hora depois, ele dirigiu-se para a porta, e chamou: "emboia, mamã. Ábi pota." E pronto, tinha sido já o suficiente para ele. Depois da risada geral, despedido-nos e vimos para casa. Veio feliz, bem disposto, cheio de brincadeiras e, depois de fecharmos a porta do prédio e brincar de subir e descer escadas, ainda quis voltar a sair... Talvez quisesse voltar para a escola. Hehehe! É engraçado como nos surpreendem e como quem precisa de se adaptar, muitas vezes, somo nós...
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