A caminho da escola

(foto tirada com o telemóvel, a caminho da escola)

Por cá ainda andamos em fase de adaptação. 

É a terceira semana, apesar de na primeira e na segunda ele ter estado adoentado quinta e sexta e, tudo junto, não deu semana e meia.

Tem sido uma adaptação gradual que, acima de tudo, respeita o tempo dele (e o meu também). Nas primeiras semanas, saía por momentos, mas praticamente íamos apenas por horinha, hora e meia, brincarmos juntos na escola e só saía quando ele estava distraído. Nesse tempo, estive com ele logo cedo, estive mais tarde, estive na hora de almoço e na hora da sesta.

Vi o funcionamento das coisas, percebi as dinâmicas, conheci melhor as pessoas com quem tenciono deixar o meu filho. Estes primeiros tempos acabaram por ser mais a minha adaptação do que a dele. Mesmo sem o ter percebido de antemão, precisava desta adaptação gradual, precisava deste tempo, deste espaço. De sentir o espaço e as pessoas, de me colocar no lugar das educadoras e auxiliares, de perceber o bom trabalho e me sentir confortável com a escolha que fiz. No fundo, precisava desta segurança!

Esta semana já o deixo a chorar, como quase todas as mães me dizem que tem de ser... Mas o tem de ser não pode ser, para mim, porque me dizem que assim é. Tem de ser porque percebi que estávamos num impasse e que para sair dele só assim. E, acima de tudo, tem de ser e só tem de ser porque já me sinto segura e capaz de o fazer e lhe transmitir segurança. Fazê-lo com confiança, de modo a que ele perceba que estou segura e não com medo. Se saio de lá a chorar? Claro! Mas saio tranquila. E isso é o mais importante! Ele chora e acalma ao longo do tempo em que lá está. Já vai brincando e adora os colinhos que lhe dão.

Ainda só fica por um bocadinho durante a manhã porque ainda não conseguem que ele almoce (hoje já comeu um pouquinho da spa, o que é um progresso) e vamos mais tarde, para que todos os meninos já estejam mais tranquilos e a lhes possam dedicar tempo e atenção. O pior é que, já se sabe, o pessoal é sempre pouco... São crianças pequeninas, que precisam de colo e mimo e não há colos suficientes (apesar da vontade, disposição e carinho serem de sobra). Tem havido muitos meninos mais chorosos e parece que é por contágio... E a verdade é que ele não está acostumado a tanta gente, ao barulho, à confusão e isso o assusta um pouco.

Mas o importante é que todos os dias faz progressos e evolui e, acima de tudo, que está bem entregue. Aos poucos, lá chegaremos!

;o)

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