sábado, 13 de janeiro de 2018

Como lidar com os "terrible two"?



Começaram as birras, os "nãos",
os desafiar, os contrariar e, o pior, o bater na mana...

Sim, estamos em plena fase "terrible two"!

E como temos lidado com esta fase?

Ora, primeiramente, sabemos que é uma fase perfeitamente natural no desenvolvimento da criança. Ele está a aprender a lidar com os limites, as regras, as imposições e a lidar com a frustração de não ter aquilo que quer ou quando quer. Não há nada a fazer para contrariar isso ou para evitar esta fase, mas temos de saber lidar com ela, certo?





Palmadas e qualquer tipo de castigo físico? 
Já falei aqui que não sou perfeita e talvez um dia peque pela língua, mas sou terminantemente contra. Tenho absoluta certeza de qua não vai resolver o problema! Pode, até, no imediato, conter uma situação, mas, no mínimo, estamos a ensinar a criança a resolver os seus problemas através da violência física. E como lhe dizer que não pode bater nos outros se eu faço isso com ele?!? Precisamos de ser mais coerente!

Quanto aos castigos, de lhe tirar qualquer coisa ou privar de uma atividade?
Acho que há formas melhores de resolvermos a questão mas, há casos em que não conseguimos resolver de outra forma e só com conversa a coisa não vai lá... As crianças devem perceber que as suas atitudes têm uma consequência. Se ele está constantemente a empurrar a irmã porque não quer partilhar os brinquedos ou as brincadeiras e a conversa e explicação não resolvem, mesmo contendo as suas atitudes, tenho de o fazer entender que terá de parar. A solução será priva-lo das brincadeiras.

Lidar com os "nãos"...
Nesta fase, muitas vezes, é um não para tudo. Cá em casa, o não frequente é ir para o banho. E, quando lá está, não quer sair... Também, muitas vezes, não quer trocar a fralda. Não quer vestir. Não quer isto ou aquilo... Tento sempre começar por fazê-lo entender as razões das coisas. Depois tento negociar: escolhe um carrinho para ir contigo para o banho, filho, digo. Quando nada resulta, terá de ser e vai. Basta pega-lo ao colo e levar. Se chorar ou espernear há de passar. Vou mantendo a calma porque se ficar nervosa só vai piorar...





E as birras de se atirar para o chão em público?
Sim, já as fez. Situações como estar no parque e dizer que temos de ir embora e, depois de tentar tudo e nada resultar, dizer que tem de ser e pronto pode gerar uma birra de se atirar para o chão. O que faço? Fico com vergonha? Claro que não! O meu filho está a aprender a lidar com a frustração de não poder fazer o que quer. Ele não pode ter tudo o que quer e quando quer. Mas ele ainda não sabe isso. Está a aprender a lidar com isso. Com a frustração e a infelicidade que sente naquele momento. Mas isso é um processo gradual, que vai levar o seu tempo. Não tenho de ter vergonha disso!
Já começo a tentar ver se ele entende o conceito de "só mais uma vez". É claro que depois da última vez, ele não quer vir na mesma. Explico que depois iremos outra vez, outro dia. Que sei que ele está triste, mas temos de ir embora. Mesmo sabendo que ele não vai assimilar as minhas explicações de imediato, vai acabar por entender que estou solidária com a sua frustração, mas que na vida não podemos fazer só e sempre o que queremos. 
Se a birra de se atirar para o chão não passa em alguns segundos (podemos tentar distraí-los com outra coisa), é pagá-lo ao colo e lavá-lo, contendo a situação. O choro há de passar, quando vir outra coisa que lhe interesse ou quando se cansar...


Falar é fácil! É verdade!

Muitas vezes estou cansada, sem paciência. Há mais de um ano que não durmo (a Clarinha não nos deixa dormir...) e há noites ainda piores. Ele agora me desafia. A mim, principalmente. Eu digo que não e ele faz. Já experimentou ver se eu não via e ir bater na irmã e já tentou bater-lhe, repetidas vezes, enquanto estou a dizer que não e a contê-lo. Se seguro a mão, ele tenta lá chegar com o pé... 
Há alturas em que já me passou pela cabeça dar-lhe uma palmada na mão. Mas tenho a certeza que essa situação só iria frustrar ainda mais a ele e a mim e não iria resolver nada!

Não é fácil. Mas, como digo sempre, ninguém nunca me disse que ser mãe era fácil. Sei que fazer um bom trabalho (o melhor possível) não pode ser fácil. Sei que vou falhar, que posso me contradizer, que vai dar trabalho. Sei que há que ter toneladas de paciência e nem sempre as temos. Mas temos de tentar ir buscá-las a qualquer lado. Há que respirar fundo e fazer o melhor que podemos. E, muito importante, não nos limitarmos àquilo que sabemos, mas tentar aprender sempre mais!

Para quem também está a passar por isso,
muita paciência e boa sorte!
;o)





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