sexta-feira, 9 de junho de 2017

Quando não se ama igual...



Gosto dela desde sempre, mas se for mesmo honesta e franca convosco e comigo, terei de assumir que aquele amor enorme e instintivo de mãe, aquele que me enche os pulmões de amor quando a cheiro, que me formiga as mão de vontade de a abraçar, que me faz ter vontade de lhe beijar as bochechas e o pescoço vezes sem conta, que me faz feliz apenas ao olhar para ela... esse amor... não o sinto desde sempre. 





Quando ela nasceu eu já sentia esse amor pelo irmão, mas não o sentia por ela. Sabia que era normal porque já o conhecia e amava há muitos meses e ela e eu éramos ainda duas "estranhas". Apesar de a ter carregado nove meses na barriga, ainda não estávamos adaptadas uma à outra, ainda não nos conhecíamos bem. Queria sentir igual, mas não sentia... E, por mais que, racionalmente, percebesse que era natural que assim fosse, emocionalmente, sentia alguma culpa.




Mas esse amor foi surgindo e se apoderando de mim... Confesso que senti algum alívio e uma enorme felicidade no primeiro momento em que percebi que já a amava assim, com esse amor apaixonado! Tive receio de não gostar "igual" dos dois, tive receio de a sentir como uma intrusa na nossa relação de mãe e filho...


Vestido Maria Bianca (coleção SS16)
Pijama supermercado Jumbo

Pensei diversas vezes se deveria falar sobre isso porque tinha algum receio em admitir esse receio... Mas acho importante falarmos de todos os temas que nos atormentam. Acho importante falarmos de tudo sem barreiras, sem nos julgarmos ou recriminarmos. Provavelmente não serei a única mãe a ter sentido isso! Pois não?
;o)

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