segunda-feira, 26 de junho de 2017

Quando eles só querem a mãe




Cá em casa temos um marido/pai presente. Aliás, se assim não fosse, não teria tido filhos... Acabemos com esta questão de "o pai ajuda"! O pai não ajuda, o pai é pai; desempenha sua função de pai!
Mas, tendo em conta que a mãe, normalmente e no nosso caso específico, 
é a cuidadora principal, é natural que haja uma maior proximidade do bebé com a mãe. Quando engravidei da Clarinha, o J passou a estar ainda mais presente nas "tarefas" do dia a dia com o Vicente. Quando a barriga já pesava, passou a ser ele a adormecer, levantar durante a noite, muitas vezes a dar o banho...  Aos fins de semana e nas férias, dizia mesmo que o Vicente era "dele", no sentido de que aproveitaria mais o tempo com ele e para me poupar a tanto desgaste, até porque já não podia, de todo. Apesar de nunca ter deixado de lhe dar colo, de o adormecer, etc, etc...
Estava a preparar-me emocionalmente para a rejeição, quando chegasse o ciúme da irmã... Claro que ele estava muito "agarrado" ao pai mas, acho que muito porque dei o meu melhor para que ele não se sentisse preterido, houve apenas uma vez que senti essa rejeição, quando eu pedi um beijinho e ele empurrou-me dizendo que não queria e agarrou-se ao pescoço do pai.


Visto de fora, não foi nada de especial, mas para mim, com as hormonas ao rubro e acho que no primeiro dia em que cheguei da maternidade, cheia de saudades dele, custou-me muuuuuuuito.
Com o tempo fomos nos adaptando, a Clarinha ficando um pouquinho, e cada vez mais, menos dependente. Tentamos sempre dar-lhe muita atenção, que houvesse sempre um de nós disponível para ele e que não fosse sempre o pai. Sempre que possível, tentávamos estar os dois juntos com ele, nem que por meu horinha.
E assim o tempo foi passando...
Agora parece que estamos a chegar à fase do só querer a mãe... Há dias eu estava no quarto a adormecer a irmã e ele estava na sala com o pai e a chamar pela mãe e a pedir colo. Não quis que fosse o pai a dar-lhe o leite nem a adormece-lo.Já havíamos falado sobre essa fase, a tal vinculação precoce. Diz que acontece entre os 0 e os 3 anos e é quando a criança "só quer a mãe", ou o seu
cuidador principal.
Há aqui duas situações desagradáveis: a sobrecarga que é para a mãe (no meu caso com os dois...) e o  sentimento de rejeição do pai. Por isso, não devemos estimular esses comportamentos e devemos tentar contrariar ao máximo (com cuidado, claro)!
No caso do Vicente, este "só querer a mãe" está a chegar associado a algum ciúme da irmã. Quando estou com ela, chama-me, pede colo... se vou brincar com ele e levo a Clarinha ao colo, diz-me que não... Quando estamos a brincar está tudo bem, assim que ela acorda, o comportamento se altera de imediato... Mas não há uma rejeição da irmã. Continua a chamar por ela e a querer dar beijinho e até ajudar a "cuidar dela". Quer é a atenção da mãe só para ele.
Vamos ver como a coisa evolui...
;o)



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