sexta-feira, 29 de abril de 2016

O dia da mãe




A felicidade e alegria imensas e plenas que sinto por ter conseguido sentir esse amor absoluto, por ter sido abençoada com uma gravidez saudável e um bebé muito além daquilo que um dia sonhei é maior, muito maior, do que qualquer tipo de sentimento que possa habitar o meu ser. Mas essa felicidade que me inunda a alma não é capaz de diminuir a dor que carrego no peito.
As dores, físicas ou emocionais, não podem ser mensuráveis. Porque cada um as sente de forma diferente. Porque a bagagem de cada um é diferente e, consequentemente, o resultado do sentir será diferente. Mas, mesmo não sendo mensurável, sei não ser a mesma dor a de quem perdeu um filho que teve nos braços e quem perdeu um filho e o sonho de o ter nos braços. Sei que há quem não compreenda, mas perdi dois filhos! Perdi dois filhos que não nasceram, mas perdi dois filhos. Com eles perdi muitas outras coisas e ganhei outras tantas. Eles não nasceram, mas foram, são e sempre serão meus filhos.
Acredito que só quem tenha passado por situação semelhante seja capaz de compreender a dor que ainda hoje carrego no peito. Não me entendam mal: estou plenamente feliz e realizada com o meu bebé. Foi um caminho doloroso, mas que digo que compensou. Mas um filho não substitui o outro e ainda hoje me dói a saudade de quem nunca carreguei nos braços.
O dia da mãe se aproxima. O meu primeiro dia da mãe. Esse será, sem sombra de dúvidas, um dia super especial e muitíssimo feliz! Mas sei o que é ter passado pelo dia da mãe que nunca foi... Sei que esse será um dia difícil para tantas e tantas mães que o são em seus corações. A todas vocês: um beijinho especial! ❤️

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