sexta-feira, 8 de abril de 2016

Berço Vs cama dos pais




Sempre achei que o melhor era que os bebés dormissem nas suas caminhas. Quando ainda estava na batalha por uma gravidez (saudável) andava a sonhar com uma linda alcofinha daquelas em verga, com base de rodinhas, muito românticas. Claro que foi das primeiras coisas que quis comprar assim que soube que estava tudo bem com a gravidez. Entretanto, no curso de preparação para o parto, disseram-nos que o mais indicado é a cama de grades, ou uma mini cama de grades, porque cumpre todas as especificações de segurança. Mas que há pais que optam pelo co-sleeping (alguns até muito tarde) e que não havia mal, é uma opção de cada casal. Apenas advertiram para o despertar do pai e da mãe não serem iguais (a mãe estaria muito mais "em alerta"). 
Quando o Vicente nasceu, na maternidade, ensinaram-me a amamenta-lo deitada. O que realmente é muito mais confortável para os dois (mais ainda nas noites de inverno). Mas se havia coisa que não era capaz é de adormecer com ele de seguida. Claro que muito se deve a todos os receios que tinha, gerados pela minha insegurança devido ao meu histórico, mas tinha um medo terrível... Tinha muito medo de o sufocar, esmagar, magoar, enfim... Quando cheguei a casa, ele foi para a sua linda alcofinha, que preparei com tanto carinho (com lençóis mandados bordar em bordado inglês e todos aqueles detalhes queridos). Mas acontece que ele não dormia na sua caminha. Assim que saia do meu colo reclamava e na alcofinha não queria estar. E se há coisa que me aflige e que sou terminantemente contra é aquela teoria (para mim, terrorista) do deixa o bebé chorar que se vai acostumar! 
Vieram todas as teorias e mais algumas, claro está! Ele tinha frio, afinal era calor. A cabeça tinha de estar mais elevada, afinal não, isso incomodava-o. Às tantas era a própria alcofa que não prestava... Cada um tinha uma teoria.  A minha teoria era mais simples: ele queria e precisava do aconchego do colo da mãe. Se passava o dia praticamente todo ao colo da mãe, porque não podia estar junto dela durante a noite? E agora, o que fazer? O J dizia para o colocar na nossa cama, para conseguirmos dormir, que não iria acontecer nada. Eu tinha imenso medo, mais ainda quando a pediatra desaconselhou expressamente. Às tantas, durante o dia, o J dizia para eu o deitar comigo na nossa cama, mas mais afastado (porque estávamos sozinhos) e ele ficava com a câmera ligada a ver pelo intercomunicador na sala para eu tentar descansar um pouco. Como estava a ser "supervisionada" a cabeça me deixava descansar, enquanto o Vicente me deixasse dormir, mais a questão das horas em que o tinha de acordar para mamar (questão complicada e que explico num próximo post quando vos contar a minha experiência da amamentação).




Com esses bocadinhos dormidos durante o dia e mais os bocadinhos que ia adormecendo durante as mamadas dele deitados na nossa cama, comecei a relaxar um pouco com a questão e ir dormitando. Se bem que nunca consegui descansar a cabeça ou o corpo na íntegra. O primeiro pela preocupação e o segundo porque, como tinha receio, o corpo ficava imóvel na mesma posição o tempo inteiro... O J chegou a sugerir deixar-nos sozinhos para que eu tivesse mas espaço, mas preferi sempre aguentar mais um pouco do que desestruturar tudo. Não ia eu dormir com o bebé e ele sozinho. Isso para mim não fazia sentido algum! Os dias foram passando e ele ia ficando na nossa cama... O J então disse que ele ainda era muito pequenino, que precisava de estar comigo e que quando chegasse a hora ele logo iria para a cama dele. Na sua ideia, o ideal seria aos três meses, quando passasse o tal "quarto trimestre".
E assim foi... Aos três meses fomos pô-lo na cama de grades, ao lado da nossa. É claro que ele já dormitava em sua caminha, mas eram mini, mini sonecas. Bom, na primeira noite o J resolveu que ficaria entre os dois e que seria ele a colocá-lo na cama ou a ficar ali ao lado para ele adormecer. É que ele não chegava a chorar, mas às tantas, depois de reclamar e fazer beicinho, eu não aguentava e ia buscá-lo... E não é que o J tinha razão?!?! Logo na primeira noite ele ficou e correu tudo muitíssimo melhor do que esperávamos. Ele realmente estava preparado. Era uma questão de esperarmos pelo tempo dele. Quem disse que os pais também não tem instinto?!?  ;o) como se vê, cada bebé é um bebé e cada família é diferente. Não acho que seja certo ou errado. Acho mesmo que não há nada de mal no co-sleeping. Eu prefiro não fazê-lo. Uma coisa é ele vir para a nossa cama para mamar, ou ficarmos enroscados a brincar ao acordar, o que é delicioso. Mas isso sou eu. Há quem opte por partilhar a cama durante muito tempo. Não vejo problema algum, desde que seja o desejo da família. Há a questão da intimidade do casal. claro que se perde enquanto o bebé dorme no quarto dos pais. Mas há casais que procuram outras soluções e ideias. Acredito que não há certos nem errados. Há o que for melhor para a família num determinado momento.







6 comentários:

  1. Eu optei por uma bay bed uma cama que se encosta à nossa e que funciona como um meio termo entre dormir na nossa cama e na cama dela sozinha. A minha filha mamou até perto de um ano ( parou por decisão própria) e eu levantava me muito cedo para trabalhar tendo que dar de mamar algumas vezes por noite era mais prático a cama assim que escusava de perturbar muito o meu sono ( modo piloto automático ) e o dela também. Ela continua a dormir ao nosso lado agora por uma questão de comodismo nosso e porque gostamos de a ter por perto e porque sobretudo funciona bem na nossa família. Eu acho sobretudo que o principal é não perturbar a harmonia familiar se todos estão bem então não devemos estar a fazer a coisa muito errada.

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  2. Eu optei por uma bay bed uma cama que se encosta à nossa e que funciona como um meio termo entre dormir na nossa cama e na cama dela sozinha. A minha filha mamou até perto de um ano ( parou por decisão própria) e eu levantava me muito cedo para trabalhar tendo que dar de mamar algumas vezes por noite era mais prático a cama assim que escusava de perturbar muito o meu sono ( modo piloto automático ) e o dela também. Ela continua a dormir ao nosso lado agora por uma questão de comodismo nosso e porque gostamos de a ter por perto e porque sobretudo funciona bem na nossa família. Eu acho sobretudo que o principal é não perturbar a harmonia familiar se todos estão bem então não devemos estar a fazer a coisa muito errada.

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  3. E outra particularidade nunca consegui dormir com a minha filha no meio de nós. E só a partir provavelmente dos 3 meses consegui fazer a sesta com ela na cama mas não muito chegada por tenho uma medo terrível de a magoar. Na maternidade insistiram para que eu a tivesse sempre na cama comigo mas mal chegava a hora de dormir eu colocava - a no berço e dormia com a mão lá dentro para ela sentir o meu toque.

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    3. Também penso o mesmo. O importante é que resulte para cada família. ;o) beijinhos para ti e para a bebé.

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