terça-feira, 31 de outubro de 2017

Aprender a gerir o sentimento de que não somos suficientes



Quem nos acompanha no facebook e no instagram sabe que o Vicente esteve doente. Começou na sexta feira da semana anterior com vómitos e diarreia (pela primeira vez...), mas passou no mesmo dia. Tem andado ranhoso, ele e Clarinha, há sabe Deus quanto tempo... Na quinta feira passada, quando o fui buscar à escola, disseram-me que tinha feito diarreia e estava meio choroso. Estava com tosse e preferi não o levar na sexta feira. Na sexta à noite,! ficou com febre e assim esteve até à noite de domingo. Está a melhorar, cheio de tosse, mas já a pôr tudo para fora. Tal como a Clarinha que, graças a ainda mamar, não passa disso.
Já aqui vos falei, e como quem é mãe de mais que um filho bem sabe, o sentimento de culpa (que parece que nasce quando nasce uma mãe) é complicado de gerir quando se está com um dos filhos e o outro quer/precisa de atenção. O Vicente doente precisa de ainda mais mimo e atenção. A Clarinha é muito pequenina ainda e mama. Também precisa de mim. Estar com um a pensar que preciso de estar também com o outro resulta num constante e crescente sentimento de impotência e de insuficiência...
Com o tempo, comecei a perceber que estar com eles não é suficiente. É necessário estar-se por inteiro. Eles não entendem o conceito de pressa e a nossa ansiedade passa para eles. Então é importante não só dar mama ou colo. É importante que quando se está, estar com eles e para eles. Mesmo. De verdade. Por inteiro. Devagar, sem pressas ou pressões.
Hoje consigo gerir isso em mim. Sei isso, na teoria na prática. Não sou duas. Não consigo estar sempre onde queria e sou precisa. Mas consigo estar, com um, de cada vez, mesmo que mais cansada, inteira, entregue e para eles. Sem sentimentos de culpa, sem grandes ansiedades e com sensação de missão cumprida, de amor entregue, de que sou suficiente porque dou o melhor de mim!




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