sexta-feira, 13 de março de 2020

Neste período de isolamento





Vamos tentar manter alguma normalidade dentro de toda esta situação anormal. Tentar estabelecer novas rotinas e cumprir com elas ao longo do dia, sem aquela sensação de que estamos confinados em casa. 



A primeira delas é não ficar de pijama. Depois é organizar os dias, de forma a não andarmos perdidos e com a sensação de não saber o que fazer e o que vem a seguir. Hoje em dia, muitos de nós podem trabalhar a partir de casa. Já ouviram falar, por exemplo, de secretarias (os) virtuais? Conheci há pouco tempo e é tão claro como a água que o mundo caminha para uma maior flexibilidade e liberdade nos empregos. Um trabalho de escritório, das 9h às 18h, com horas extras (não remuneradas), inflexível e castrador, que retira todo o tempo em família e toda a qualidade de vida será inconcebível para os nossos filhos. O mundo está a mudar e as novas gerações, que já nascem na era da internet não compreendem esta nossa visão redutora da vida!



Claro que há empregos onde não é de todo possível, mas em período de crise temos de nos adaptar. E sairmos da nossa bolha e da zona de conforto. “Em terra de cego, quem tem olho é rei”, já diz o ditado...


As crianças, mais do que ninguém, precisam de rotinas. Há que estabelecer com eles novas rotinas e explicar-lhes, calmante, o que está a acontecer. Expliquei aos meus que estamos numas férias diferentes e que, durante muito tempo, teremos de ficar em casa. Vamos ser todos flexíveis e vamos ter a escola em casa. Às terças e quintas de manhã vamos fazer ginástica. Às quartas de manhã vamos ter música. A parte da música é mais difícil para mim, mas vamos fazer uma incursão pelo youtube e descobrir como dinamizar a coisa. Às sextas feiras de manhã teremos inglês. Aos sábados é dia de cinema (em casa, claro). Deixaremos as tarde livres e tentaremos apostar nas sestas, para dar aos adultos algum tempo “livre”. No meio de tudo isso há atividades lúdicas, jogos, trabalhos manuais e um sem fim de atividades que podemos fazer. Também há tempo para não terem nada para fazer. Para inventarem, criarem e serem crianças livremente. Televisão e tablets são para evitar ao máximo!
Infelizmente não temos jardim! Mas temos a sorte de ter uma boa varanda. O que nos vai permitir ver a rua, ver a vista (que é natureza) e dar a sensação de ar livre e alguma liberdade em meio a este confinamento. Depois há o Adam. O cão que tem de ir à rua. Vai o pai com o cão. Será sempre ele a sair quando necessário. Não nos abastecemos para um mês, não fizemos assambarcamentos. Quando necessário, e só quando e se necessário, vamos comprar o que precisarmos. Tendo em conta que é uma ótima altura para haver menos desperdício e um consumo mais consciente. 
O pai, que tem um trabalho que nos põe a todos em risco (e somos todos um grupo de risco) e que ainda não sabe bem como vai gerir tudo isso, já que o trabalho dele não pode mesmo ser realizado à distância. Se for inevitável, terá de o fazer com máscara, com todos os cuidados possíveis, mas mesmo assim poderão não ser suficientes. Vamos ver como conseguimos resolver a questão. Se o Estado nos pode ajudar, porque há o ordenado dele do qual dependemos e há uma pequena (e familiar) empresa que precisa de pagar as suas despesas e aos demais funcionário que para ela trabalham, que também têm contas para pagar... 
Em tempos difíceis há que haver flexibilidade e adaptação. Por aqui vamos nos preparar para o pior, esperando sempre o melhor! 
Parece um filme. Parece inacreditável! Mas somos uma nação que olha pelos seus e hoje, mais do que nunca, temos de ser uns pelos outros! 
Boa sorte a todos nós! 
;o)


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