sábado, 31 de dezembro de 2016

Os presentes de Natal



Gosto, sempre gostei, de receber e dar presentes. Mas gosto especialmente dos chamados presentes do "dia do nada", daqueles que vemos e achamos que é a cara do outro, ou só porque queremos fazer um mimo especial ou porque descobrimos alguma coisa que o outro queria... Mas aborrece-me, como em tudo, a obrigação. A obrigação dos presentes, o comprar por comprar, o gastarem dinheiro comigo, por menos que seja, quando vejo que foi só porque sim.... Não me agrada, mesmo! Sei que os presentes são importantes para a maioria das pessoas, sei que são muito importantes para as crianças. Mas acredito que só o são assim tão importantes porque lhes incutimos isso também. Sei que sou um tanto "bicho estranho" em muitos assuntos e também não quero impor o meu ponto de vista diferente, até porque eu e o J pensamos de modo diferente e para ele o Natal para as crianças é, sempre foi e continuará a ser sinónimo de presentes... Eu, muito francamente, preferia que fosse mais as recordações de se montar a árvore em família, o cheiro a rabanadas acabadas de fazer para o pequeno almoço, a reunião da família, conversas e brincadeiras animadas. Claro que a ansiedade das crianças ao acordarem na manhã de natal para ver o que o pai natal deixou debaixo da árvore é uma alegria, daí que faça absoluta questão de comprar presentes para quem sei que de outra forma não os teriam (aqui), mas acho que não tem de ser SÓ isso.
Gosto, e entendo menos ainda, a necessidade que algumas pessoas têm de dizer ou mostrar que foram elas que deram. Então não foi o pai natal?!?! Não existe isso de o "meu pai natal" e o "pai natal" do outro! Francamente, para mim isso é um tanto ridículo! O que importa deveria ser a alegria da criança ao receber o presente e não a alegria do adulto em que a criança saiba que o presente veio desta ou daquela pessoa! Se há pergunta que me desagrada é o "quem deu?". Francamente, isso importa?!?! Enfim, devo mesmo ser um "bicho estranho"...
Demos alguns presentes ao Vicente perto do Natal e não vi necessidade de lhe comprar presentes para o dia de natal. Primeiro porque ele ainda não entende, segundo porque certamente teria vários presentes, depois porque não ia ficar à espera do Natal para lhe dar o que quer que fosse só porque sim, menos ainda porque não tinha de ser no Natal ou não me faz mais feliz ele saber que fui eu que comprei. Na véspera de Natal, o J ainda me perguntou se não iamos mesmo oferecer nada ao
Vicente. A minha resposta foi um automático não. Não que ele não possa fazer se quiser, claro. Ou mesmo que eu não fosse com ele escolher, ou algo assim. Não sou nada fundamentalista! Mas para mim não fazia qualquer sentido. Talvez para o próximo ano... Espero, de verdade, conseguir incutir nos meus filhos que o Natal não é só feito de presentes!


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