![]() |
Quando o Vicente nasceu, na maternidade, ensinaram-me a amamenta-lo deitada. O que realmente é muito mais confortável para os dois (mais ainda nas noites de inverno). Mas se havia coisa que não era capaz é de adormecer com ele de seguida. Claro que muito se deve a todos os receios que tinha, gerados pela minha insegurança devido ao meu histórico, mas tinha um medo terrível... Tinha muito medo de o sufocar, esmagar, magoar, enfim... Quando cheguei a casa, ele foi para a sua linda alcofinha, que preparei com tanto carinho (com lençóis mandados bordar em bordado inglês e todos aqueles detalhes queridos). Mas acontece que ele não dormia na sua caminha. Assim que saia do meu colo reclamava e na alcofinha não queria estar. E se há coisa que me aflige e que sou terminantemente contra é aquela teoria (para mim, terrorista) do deixa o bebé chorar que se vai acostumar!
Vieram todas as teorias e mais algumas, claro está! Ele tinha frio, afinal era calor. A cabeça tinha de estar mais elevada, afinal não, isso incomodava-o. Às tantas era a própria alcofa que não prestava... Cada um tinha uma teoria. A minha teoria era mais simples: ele queria e precisava do aconchego do colo da mãe. Se passava o dia praticamente todo ao colo da mãe, porque não podia estar junto dela durante a noite? E agora, o que fazer? O J dizia para o colocar na nossa cama, para conseguirmos dormir, que não iria acontecer nada. Eu tinha imenso medo, mais ainda quando a pediatra desaconselhou expressamente. Às tantas, durante o dia, o J dizia para eu o deitar comigo na nossa cama, mas mais afastado (porque estávamos sozinhos) e ele ficava com a câmera ligada a ver pelo intercomunicador na sala para eu tentar descansar um pouco. Como estava a ser "supervisionada" a cabeça me deixava descansar, enquanto o Vicente me deixasse dormir, mais a questão das horas em que o tinha de acordar para mamar (questão complicada e que explico num próximo post quando vos contar a minha experiência da amamentação).
Com esses bocadinhos dormidos durante o dia e mais os bocadinhos que ia adormecendo durante as mamadas dele deitados na nossa cama, comecei a relaxar um pouco com a questão e ir dormitando. Se bem que nunca consegui descansar a cabeça ou o corpo na íntegra. O primeiro pela preocupação e o segundo porque, como tinha receio, o corpo ficava imóvel na mesma posição o tempo inteiro... O J chegou a sugerir deixar-nos sozinhos para que eu tivesse mas espaço, mas preferi sempre aguentar mais um pouco do que desestruturar tudo. Não ia eu dormir com o bebé e ele sozinho. Isso para mim não fazia sentido algum! Os dias foram passando e ele ia ficando na nossa cama... O J então disse que ele ainda era muito pequenino, que precisava de estar comigo e que quando chegasse a hora ele logo iria para a cama dele. Na sua ideia, o ideal seria aos três meses, quando passasse o tal "quarto trimestre".
E assim foi... Aos três meses fomos pô-lo na cama de grades, ao lado da nossa. É claro que ele já dormitava em sua caminha, mas eram mini, mini sonecas. Bom, na primeira noite o J resolveu que ficaria entre os dois e que seria ele a colocá-lo na cama ou a ficar ali ao lado para ele adormecer. É que ele não chegava a chorar, mas às tantas, depois de reclamar e fazer beicinho, eu não aguentava e ia buscá-lo... E não é que o J tinha razão?!?! Logo na primeira noite ele ficou e correu tudo muitíssimo melhor do que esperávamos. Ele realmente estava preparado. Era uma questão de esperarmos pelo tempo dele. Quem disse que os pais também não tem instinto?!? ;o) como se vê, cada bebé é um bebé e cada família é diferente. Não acho que seja certo ou errado. Acho mesmo que não há nada de mal no co-sleeping. Eu prefiro não fazê-lo. Uma coisa é ele vir para a nossa cama para mamar, ou ficarmos enroscados a brincar ao acordar, o que é delicioso. Mas isso sou eu. Há quem opte por partilhar a cama durante muito tempo. Não vejo problema algum, desde que seja o desejo da família. Há a questão da intimidade do casal. claro que se perde enquanto o bebé dorme no quarto dos pais. Mas há casais que procuram outras soluções e ideias. Acredito que não há certos nem errados. Há o que for melhor para a família num determinado momento.
Eu optei por uma bay bed uma cama que se encosta à nossa e que funciona como um meio termo entre dormir na nossa cama e na cama dela sozinha. A minha filha mamou até perto de um ano ( parou por decisão própria) e eu levantava me muito cedo para trabalhar tendo que dar de mamar algumas vezes por noite era mais prático a cama assim que escusava de perturbar muito o meu sono ( modo piloto automático ) e o dela também. Ela continua a dormir ao nosso lado agora por uma questão de comodismo nosso e porque gostamos de a ter por perto e porque sobretudo funciona bem na nossa família. Eu acho sobretudo que o principal é não perturbar a harmonia familiar se todos estão bem então não devemos estar a fazer a coisa muito errada.
ResponderEliminarEu optei por uma bay bed uma cama que se encosta à nossa e que funciona como um meio termo entre dormir na nossa cama e na cama dela sozinha. A minha filha mamou até perto de um ano ( parou por decisão própria) e eu levantava me muito cedo para trabalhar tendo que dar de mamar algumas vezes por noite era mais prático a cama assim que escusava de perturbar muito o meu sono ( modo piloto automático ) e o dela também. Ela continua a dormir ao nosso lado agora por uma questão de comodismo nosso e porque gostamos de a ter por perto e porque sobretudo funciona bem na nossa família. Eu acho sobretudo que o principal é não perturbar a harmonia familiar se todos estão bem então não devemos estar a fazer a coisa muito errada.
ResponderEliminarE outra particularidade nunca consegui dormir com a minha filha no meio de nós. E só a partir provavelmente dos 3 meses consegui fazer a sesta com ela na cama mas não muito chegada por tenho uma medo terrível de a magoar. Na maternidade insistiram para que eu a tivesse sempre na cama comigo mas mal chegava a hora de dormir eu colocava - a no berço e dormia com a mão lá dentro para ela sentir o meu toque.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarTambém penso o mesmo. O importante é que resulte para cada família. ;o) beijinhos para ti e para a bebé.
Eliminar