Feliz ano novo!

Este não foi um ano fácil! Começou com o recuperar da perda do primeiro bebé e acabou com a perda do segundo... Foi um ano de tentativas, de stress, de medos, de tristezas, de obstáculos, mas também de luta, de garra, de força, de coragem. Não me trouxe alegrias, mas me trouxe alguma esperança e vontade de seguir em frente. Há dias e momentos mais difíceis, em que me sinto muito cansada disto tudo, duvido se terei forças para continuar, parece que a vontade de desvanece no medo e tudo o que quero é acordar deste pesadelo! Mas depois, na maior parte do tempo, me sinto forte, lutadora, guerreira mesmo. Não sinto que esteja a teimar, mas que esteja a aceitar o meu caminho e a contornar os obstáculos de cabeça erguida, tal como me ensinaram a fazer a vida inteira.

Tentando fazerem o balanço deste ano, tentei encontrar bons momentos, que os tive! Mas vejo que mesmo os melhores momentos foram sempre envoltos em sentimentos de tristeza que não me permitiram ser feliz a cem porcento. Nesses momentos não fui a tontinha infantilmente alegre que me habituei a ser toda a vida e que tão feliz me faz a inocência da alegria genuína que sempre senti. Mas, apesar de tudo, tenho e tento ser grata pelo melhor do que tive que, por mais que tenha sido marcado pelo que foi negativo, essa positividade me permitiu superar todo o resto. Fazendo esse balanço, tive muitas coisas boas este ano, mas a melhor de todas foi o apoio daqueles que moram no meu coração e que, apesar da distância, da falta de tempo, disto ou daquilo, estiveram e estão sempre lá! São aqueles que me deram um abraço, uma mão, uma mensagem, um olhar ou uma frase de que me lembro nas alturas difíceis que são o ponto alto do meu ano. O que mais tenho a agradecer este ano é o amor, é a amizade que me enche o coração e alimenta a alma!

Em Paris, num dia de felicidade e esperança